Primeiro carregamento de cobre com destino aos EUA parte do Lobito para Baltimore

O primeiro carregamento de cobre com destino aos Estados Unidos partiu esta semana do Porto do Lobito, carregado no navio porta-contentores MSC SAMU.

O primeiro carregamento de cobre exportado para os Estados Unidos (EUA) e proveniente da República Democrática do Congo, partiu esta semana do Porto do Lobito (sul de Angola), anunciou a concessionaria do Corredor do Lobito.

O acto, segundo soube o Carta de Angola, acontece, depois de terem sido feitos outros envios de cobre para portos na Europa e no Extremo Oriente.

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A informação a que o CA teve acesso de uma fonte institucional, avança ainda que, a carga de cátodos de cobre com destino a Baltimore chegou ao Lobito no dia 19 de Agosto num comboio operado pela LAR, a partir de Kolwezi, seis dias depois de ter sido despachada, “numa clara demonstração do quanto eficiente é o transporte de minerais para o mercado internacional através do Corredor do Lobito”.

“Este embarque evidencia a crescente oferta de serviços por parte das companhias marítimas internacionais no Porto do Lobito, facto que vai alavancar o desenvolvimento crescente das nossas operações e dos envios regulares de matérias-primas para a Europa e América”, considerou Francisco Franca, Presidente do Conselho de Administração da LAR, citado no comunicado.

Há um mês, o terminal de minerais do porto do Lobito, deu início à operação portuária da LAR, com um navio de transporte de carga, carregado com 40.500 toneladas de enxofre.

Por enquanto, a LAR está atualmente a transportar apenas enxofre e cobre, mas “no futuro, pode ser combustível e mercadoria em geral”, adiantou à Lusa uma fonte da empresa.

A LAR espera receber em dezembro novos vagões encomendados há cerca de dois meses a uma empresa sul-africana, segundo a mesma fonte.

O consórcio LAR, constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, obteve em 2022 a concessão para a operação, gestão e manutenção do corredor ferroviário do Lobito, e desde janeiro opera, gere e mantém a linha ferroviária que se estende por 1.300 km em Angola, entre o Porto do Lobito e o Luau, no Leste, e que faz a ligação com a rede ferroviária gerida pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo, na República Democrática do Congo, até Kolwezi, o coração do Cinturão do Cobre.

O projecto de reabilitação deste corredor logístico, apoiado pelos governos de Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia e Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas do Governo dos EUA, representa um investimento de mais de 500 milhões de dólares durante a vigência da concessão.

Está em curso um estudo de pré-viabilidade separado, apoiado pelos EUA e pela União Europeia, para a extensão da linha férrea do Lobito até ao norte da Zâmbia.

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