O cantor e produtor musical Sean Combs, conhecido por P. Diddy, foi detido nos EUA por suspeita de tráfico sexual e extorsão. O músico está ser investigado por vários crimes. No entanto, as festas que organizava, denominadas de ‘freak-offs’, têm sido as que têm gerado maior escândalo nos EUA.
“Um verdadeiro espetáculo de horror com atuações sexuais elaboradas e produzidas”, foi desta forma que os procuradores de Nova Iorque, citados pelo The New York Times, descreveram as festas que envolviam o uso abundante de drogas e sexo forçado, deixando os participantes tão exaustos e esgotados ao ponto de lhes serem administrados fluídos por via intravenosa para recuperarem.
Tratava-se de maratonas sexuais, com uma equipa de limpeza, que se prolongavam por vezes durante dias. Para as pessoas envolvidas, eram conhecidas como “aberrações”. O momento era registado em vídeo para que este pudesse ser utilizado para fazer chantagem aos participantes.
No processo movido pelo Ministério Público não são referidos nomes, no entanto, as alegações de Cassie, ex-namorada de Diddy que o acusou de violação e agressão, referem que durante as ‘freak-offs’ o cantor obrigava-a a colocar “quantidades excessivas” de óleo sobre si própria enquanto dava indicações sobre as partes do corpo dos prostitutos em que devia tocar. Diddy filmava o momento e masturbava-se.
Diddy é acusado de dirigir uma empresa criminosa. O Ministério Público acredita que este não atuava sozinho e que, por isso, tinha uma equipa ao seu lado para gerir a logística, como a contratação de prostitutos e prostitutas, a reserva de quartos de hotel e a limpeza após as sessões.
Nas buscas feitas às casas de Diddy em Los Angeles e Miami, em março, foram encontrados vídeos dos ‘freak-offs’, mais de mil frascos de óleo de bebé e narcóticos e apreendidas armas de fogo e munições.
Mais de 50 testemunhas e vítimas foram ouvidas pelo Ministério Público, número esse que pode vir a aumentar.
Sean ‘Diddy’ Combs vai permanecer detido em Brooklyn, após o juiz encarregue do caso lhe ter negado uma fiança.
Prisão de Diddy faz crescer em mais de 18% procura pelas músicas do cantor
A procura pelas músicas de Sean Diddy Combs aumentou mais de 18% na última semana, desde que o músico foi preso, após acusações de tráfico sexual e extorsão.
Segundo dados da empresa Luminate, a procura pelas músicas de Diddy cresceu 18,3% na semana em que o músico foi detido, em comparação com a anterior.
Na semana passada, um juiz recusou conceder uma caução a Sean ‘Diddy’ Combs, argumentando que o Ministério Público apresentou “provas claras e convincentes” sobre uma possível interferência com as testemunhas.