Militantes da FNLA contestam Nimi a Simbi

Um grupo de militantes da FNLA manifestou-se, descontente, nesta quarta-feira, 05, com a liderança e gestão de Nimi a Simbi, líder do partido.

A contestação foi manifestada durante uma conferência de imprensa, que teve como finalidade esclarecer os motivos do descontentamento, assim como as reivindicações e dar a conhecer a ambição dos militantes em ajudar a FNLA a resgatar a sua mística.
Susana Paulo dos Santos, quadro sénior do partido dos “irmãos”, que fez a leitura do manifesto de descontentamento do grupo de militantes, segundo o JA, esclareceu que passados três anos, a FNLA, com presidente Nimi a Simbi, não progrediu e se encontra completamente estagnada, facto que consideram atestar a “incapacidade de o actual líder dirigir um partido desta dimensão”.
A militante da FNLA disse, ainda, que existe uma letargia no partido, assinalada com a falta de acções políticas a nível nacional, a inexistência de secretários nacionais em apoio ao presidente e ao partido, assim como a falta de apoio aos secretários provinciais.
A FNLA, prosseguiu Susana Paulo dos Santos, realizou um conclave de cinco dias com muitas irregularidades.
“No último Congresso, foram apresentados os membros eleitos do Comité Central, mas quando os jornalistas se retiraram da sala, houve alteração dos nomes apresentados, para o espanto de certos militantes, que reclamaram a exclusão dos nossos nomes. A resposta que nos foi dada é a de que ‘eu sou o presidente eleito e não quero trabalhar com gente que não conheço”, explicou.
Em reacção, o líder da FNLA, Nimi a Simbi, afirmou em declarações à RNA, que há um trabalho em curso para a reestruturação interna do partido, que começou há três anos, garantindo que os problemas problemas vão ser debatidos na reunião do Comité Central, agendado para amanhã, dia 7.
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