O conselheiro da Associação Movimento Nacional Angola Real (MONAAR), Auxílio Jacob, chamou a atenção à juventude em Angola e na diáspora a separar o activismo cívico da actividade política, de modo a se evitar incompreensões a nível nacional e internacional.
Ao intervir, recentemente, no primeiro Encontro Nacional com a Sociedade Civil Angolana, promovido pela Associação Movimento Nacional Angola Real (MONAAR), Auxílio Jacob disse que quem quiser fazer política, deve abandonar o activismo cívico.
Durante a dissertação sob o tema “Contextualização do Processo das Lutas de Libertação Nacional (MPLA, UNITA e FNLA) e o Alcance da Independência Nacional”, o também académico refere o JA, alertou os jovens que caso pretendam ser, verdadeiramente, activistas da sociedade civil, não podem fazer pactos com partidos políticos, de modo a evitar incompreensões na comunidade.
Por outro lado, continuou o conselheiro da MONAAR, a juventude mais do que fazer activismo político, se tornaria mais profícua trabalhar de forma árdua para a elevação do nível de conhecimento científico, técnico, profissional, ético, moral e cultural.
No entender do administrador de Cacuaco, os jovens de hoje são chamados a transformar a sociedade civil angolana em “nação de conhecimento”, procurando ser cada vez mais independente por meio do mérito, afastando-se da alienação material ou política.
Auzílio Jacob ressaltou ainda a necessidade de os jovens terem a capacidade de discernir e aproveitar as valências que o país oferece, colocando-as como factores de crescimento intelectual, social, económico, bem como emocional.
Segundo o conselheiro da MONAAR, não é socialmente correcto um angolano residente no país ou fora fazer parte do activismo cívico e ao mesmo tempo celebrar parceria com uma formação política.
Por um lado, a juventude deve ter a capacidade de distinguir os objectivos de uma associação cívica, filantrópica e religiosa, em que as acções recaem para o desenvolvimento das comunidade, e por outro dos partidos políticos que almejam o poder.
Relativamente à “Contextualização do Processo das Lutas de Libertação Nacional (MPLA, UNITA e FNLA) e o Alcance da Independência Nacional”, tema dissertado no primeiro Encontro Nacional Com a Sociedade Civil Angolana, Auxílio Jacob referiu que metade da população desconhece a História de Angola.
O também professor universitário disse que a falta de conhecimento sobre a História de Angola, com destaque para o processo das Lutas de Libertação Nacional (MPLA, UNITA e FNLA) e o Alcance da Independência Nacional coloca em risco a autonomia das pessoas, particularmente dos mais jovens.
Dentre os vários riscos supostamente causados pelo desconhecimento, Auzílio Jacob citou a imigração de angolanos para Portugal, muitos dos quais tiveram grandes oportunidades nesta Angola independente e em paz.
“É inconcebível perceber um jovem formado, até com um emprego, partir para Portugal ou outro país e ser submetido a trabalho pouco digno, onde também nunca vai ser chamado dono da pátria”, lamentou o conselheiro da MONAAR quando falava para mais de 500 jovens.
Nível de desenvolvimento das províncias
No quadro das actividades programadas, um total de 80 jovens divididos em dois grupos estão a visitar as províncias do Cunene, Huambo, Bié, Huíla, Uíge, Benguela e Cuanza-Sul para constatar o nível de desenvolvimento que se reflecte, directa e indirectamente, na vida das populações locais, informou, ontem, ao Jornal de Angola, o secretário-geral da MONAAR, Evaristo Mateus Vany.