Por que não fazer eleições autárquicas em 2025? – João Fabunmi

Líderes da oposição questionam os atrasos das eleições autárquicas. De acordo com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), até 2007 não será possível realizar a votação, entretanto segundo o presidente da UNITA e coordenador da Frente Patriótica Unida (FPU) Adalberto Costa Júnior, o país tem “todas as condições para realizar as autarquias locais em 2025”.

Neste sábado aconteceu uma conferência da Frente Patriótica Unida num encontro com a comunidade angolana em Portugal e na segunda outra conferência com jornalistas portugueses. De acordo com a FPU, a estrutura é alvo de “completa censura” em Angola, onde tais eventos não contam com a cobertura da comunicação social pública. Tal situação estende-se à sociedade civil não alinhada com o MPLA, afirmam.

Adalberto Costa Júnior lembrou em Portugal que foi o próprio PR João Lourenço que prometeu realizar as eleições autárquicas não em 2027 e nem mesmo em 2025, mas sim em 2024, mas essas são só palavras de JLo e não atitudes concretas.

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De acordo com Adalberto Costa Júnior, “o partido do regime tem medo do voto do cidadão. É apenas dependente da vontade política a condição de fazer eleições locais, e esta vontade não tem existido exclusivamente de quem está sentado no poder”. À parte essa questão, tremula a bandeira da reforma eleitoral, erguida pela UNITA, pelo Bloco Democrático e pelo PRA-JA Servir Angola, na qual é defendida a constituição de um Tribunal Eleitoral independente. Também é exigido o fim da Comissão Nacional de Eleições, cujos comissários tendem a decidir a favor do partido no poder.

Em Angola, há pelo menos 15 milhões de pessoas em estado de indigência plena, angolanos fogem para o Brasil e para Portugal em busca de uma vida melhor e o Estado angolano não oferece nenhuma alternativa e nem plano de desenvolvimento e inclusão social, por mais que suas agências de notícias bradem o tempo inteiro sobre a produção de petróleo e investimentos dos Estados Unidos, que aliás, até agora não influenciaram em nada na qualidade de vida do povo Angolano. Isso explica o motivo do grupo que está no poder temer a alternância e eleições justas.

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