Huambo – O director-geral e sub-director pedagógico do colégio público Chivemba, no município da Chicala-Cholohanga, província do Huambo, foram detidos, esta semana, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) pelo vazamento dos exames da 9ª classe.
A detenção foi confirmada, este sábado, pelo porta-voz da Delegação do Interior na província do Huambo, Martinho Kavita Satito, ao referir que a mesma resultou de diligências efectuadas pelo SIC, depois uma denúncia anónima.
Disse que as provas foram vazadas nas redes sociais e a título de pagamento por um suposto sobrinho do director-geral do referido estabelecimento de ensino, também, detido e, à semelhança, dos gestores escolares, encaminhados ao juiz de Garantias.
O responsável referiu tratar-se de um acto de negligência da direcção da escola, pelo facto de terem levado os exames para as próprias residências, quando deviam ser acomodadas junto aos órgãos de Defesa e Segurança, tal como os demais directores o fizeram, para evitar destinos incertos dos enunciados.
Recorda-se que o facto ocorreu na última quarta-feira, quando os enunciados com a série B, com as provas de Biologia e Matemática, vazaram num grupo do whatsApp, criado pelos alunos do estabelecimento de ensino, com a denominação “Já aprovamos”.
Como medida o gabinete da Educação anulou todos os exames com a série B realizando, entre 1 e 3 de Julho, com abrangência para seis 11 dos municípios desta província, designadamente a Chicala-Cholohanga (ponto da fuga) Caála, Huambo, Londuimbali, Longonjo e Ucuma.
Trata-se das provas de Língua Portuguesa, Inglês, Física, Geografia, Educação Moral e Cívica, Caligrafia e Religião, que, segundo fonte do gabinete da Educação, foram remarcadas para os dias 15, 16 e 17 do corrente mês.
O sector da Educação inscreveu, no presente ano lectivo, 842 mil 734 alunos, mais 21 mil 919 comparativamente ao período lectivo passado (2022/2023), em todos níveis.
Destes alunos inscritos para o período lectivo 2023/2024, constam 82 mil 877 da iniciação, 575 mil 95 primários, 122 mil 63 do primeiro ciclo e 62 mil 699 do segundo ciclo, incluindo em magistérios primários e institutos politécnicos.
As aulas estão a ser ministradas por 14 mil 636 professores, em 10 mil 121 salas, que correspondem a 919 escolas, incluindo do ensino privado.