O País gastou pelo menos 697,4 milhões USD com a importação de combustível no primeiro trimestre de 2025, indicam os dados (preliminares) do Banco Nacional de Angola (BNA), lançados recentemente.
A verba aplicada na compra de combustível no estrangeiro, no período em referência, segundo cálculos da E&M com base na informação estatística obtida do banco central, representa 18% do montante global (3,8 mil milhões USD) das importações de Angola, no primeiro trimestre de 2025.
Os dados estatísticos do BNA, segundo a E&M, também ilustram que (naquele período) Angola gastou mais com a importação de máquinas e equipamentos. Foram pelo menos 948,9 milhões USD, quase 25% do montante total. 
A importação de alimentos nos três primeiros meses deste ano, como faz referência a instituição presidida por Manuel Tiago Dias, custou 586,7 milhões USD e teve um peso de, aproximadamente, 12,2% na estrutura de custos.
Os produtos farmacêuticos e químicos, de acordo ainda com o BNA, tiveram um custo de pelo menos 271 milhões USD, representando perto de 7,1% do valor total das importações de Angola no primeiro trimestre de 2025.
Relativamente ao valor gasto na importação de combustível no período em referência, embora apresente fragilidades “significativas”, tendo em conta o actual perfil orçamental e da dívida pública, a crítica considera viável.
O montante é considerado alto, mas compatível com a receita petrolífera trimestral, pois representa, aproximadamente, 10% dela. Aliás, analistas acreditam que a situação poderá mudar com a entrada em funcionamento da refinaria de Cabinda cuja capacidade estimada é 60 mil barris por dia.
