João Lourenço observou que, às vezes, há “quem pense” que a estabilidade da moeda angolana “depende simplesmente de uma varinha mágica, quando não é assim”.
O Presidente da República inaugurou, nesta quinta-feira, 27, as instalações da Casa do Kwanza. Na cerimónia, decorrida na província de Icolo e Bengo, é do Kwanza de que muito se falou, moeda que, na óptica do Presidente da República, depende muito do aumento da produção nacional para recuperar da depreciação que vem registando nos últimos anos.
“Precisamos de trabalhar mais, precisamos de produzir mais. A força do Kwanza depende da força da nossa economia, daquilo que nós produzirmos”, disse João Lourenço. 
Na conferência de imprensa após a inauguração da infra-estrutura da jurisdição do Banco Nacional de Angola, que servirá como centro de armazenamento, processamento e distribuição de numerário, o Chefe de Estado observou que, às vezes, há “quem pense” que a estabilidade do Kwanza “depende simplesmente de uma varinha mágica”.
O Presidente da República recordou que “já lá vão os tempos” em que o País tinha uma taxa de câmbio “invariável” independentemente do que a economia nacional produzia, referindo ao modelo de taxa fixa, contrariamente ao actual sistema flutuante.
“Nas economias de mercado, isso não acontece. É o nosso caso, é o caso das economias de todo o mundo. As taxas são variáveis e dependem de um conjunto de factores, não só de produção, mas, sobretudo, do Produto Interno Bruto, daquilo que o País consegue oferecer para o consumo da indústria e das populações”, realçou João Lourenço.
Situada no perímetro da Zona Económica Especial, a Casa da Moeda vai, também, servir de lugar de acondicionamento de metais preciosos e de destruição de dinheiro físico que já não esteja em condições de circular.
