“Não há motivos para os moçambicanos morrerem”, diz Filipe Nyusi.

Moçambique está mergulhado numa crise pós-eleitoral. Venâncio Mondlane, principal rosto dos protestos, acusa agentes policiais de envolvimento nos actos de vandalismo de bens.

Filipe Nyusi, Presidente moçambicano, afirmou, nesta terça-feira, 19, que “não há  motivo nem razão de os moçambicanos morrerem” nas manifestações contra os  resultados das eleições de 09 de Outubro último.

Num encontro com os partidos com representação na Assembleia da República e extraparlamentares, Nyusi acrescentou que não há, igualmente, “motivo para se destruir o país”.

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“O desejo de mortes não existe; o desejo de destruição, o desejo de injustiça, agora questões do porquê isso acontece são questões que temos de ver. O nosso pedido é fazer consultas ao que estamos a viver”, disse o Presidente de Moçambique.

Para o Chefe de Estado, as diferenças “não vão acabar”, mas o país deve trabalhar no sentido de encontrar “um denominador comum que nos une e separa daquilo que nos divide, mas, sobretudo, encontrar saídas”.

Moçambique está, há mais de um mês, debaixo de manifestações contra os resultados das últimas eleições gerais, tendo como principal rosto das contestações – que já fizeram dezenas de mortos – Venâncio Mondlane, o segundo mais votado do pleito, mas que nega os resultados da Comissão Nacional de Eleições que dão vitória à Frelimo, no poder há quase 50 anos.

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