Suspeito de usar falsa identidade, um cidadão angolano, de 33 anos de idade, ostenta a patente de Coronel, das Forças Armadas Angolanas (FAA), particularmente do ramo da Força Aérea Nacional (FAN), sem que alegadamente tivesse cumprido a instrução militar. O alvoroço entre as pessoas, é como chegou ao grau de oficial e supostamente participa de eventos militares.
O Carta de Angola sabe que a informação veio à tona na semana passada, nas Redes Sociais, onde o acusado apareceu em vários perfis, trajado com uniforme da Força Aérea Nacional. Segundo informações, este cidadão começou a apresentar-se publicamente como militar, em 2009, com a patente de Subtenente.
Entretanto, um dos primos, que se sentiu lesado, identificado por João Rodrigues Maneira, efectivo da Força Aérea Nacional, diz em um áudio posto a circular que, Chiquinho como também é conhecido, usa o seu nome para se fazer passar de militar.
A fonte, descreve que estava previsto para efectuarem juntos a recruta, em 2007, mas Chiquinho como também é conhecido, reprovou na inspeção médica e “desde então, sempre andou com militares” e armado.
O suposto Coronel angolano, de 33 anos de idade, é caracterizado como um jovem “super inteligente”, e com capacidade de persuadir quem quer que seja. O seu parente diz ainda, que o mesmo circula normalmente no círculo militar, fazendo-se passar, como alguém que terá feito curso de pilotagem, o que não corresponde a verdade.
Dada a facilidade de relacionamento interpessoal do alegado Coronel, permitiu com que conhecesse várias pessoas e obtivesse dados diversos sobre o ambiente das Forças Armadas Angolanas, revela a fonte.
Ainda nas FAA, particularmente no ramo da Força Aérea Nacional, Chiquinho, que presumivelmente, nos seus documentos apresenta-se por João Rodrigues Maneira, é integrante de um grupo da TAAG e com regularidade recebe missões importantes em conferências e encontros distintos, no seio das FAA.
O primo, que veio a público, mediante um áudio disponibilizado nas Redes Sociais, disse que no ano passado, Chiquinho, que já usava a patente de Capitão, o trouxe problemas, altura em que alegadamente estava envolvido na venda de terrenos, em Luanda.
“Burlou uma senhora. Por ter visto as suas fotos fardado, fez uma queixa junto a Procuradoria da Força Aérea Nacional e chamaram-me, porque foram na base de dados e o único João Rodrigues Maneira no activo, sou eu, o resto são reformados”, esclareceu, para justificar a falsa identidade do seu parente.
“Fui chamado variadíssimas vezes a Polícia Judiciária (PJ), por conta dos processos que ele tinha”, acresceu.
O também Técnico de Manutenção de Helicópteros da FAN, reafirma que seu primo Chiquinho, há 15 anos, já usava documentos falsos fazendo-se passar de militar e andava armado.
As dúvidas prosseguem, pois, há informações postas a circular, segundo as quais, o acusado, fruto da sua entrega no ramo militar, permitiu com que fosse promovido em vários momentos, até chegar a categoria de Coronel.
Entretanto, o suposto Coronel, foi detido na quarta-feira, 28 de Agosto, pela Polícia Judiciária Militar.
Francisco Rodrigues Maneira, de 33 anos, foi preso após se passar por coronel da Força Aérea Nacional (FAN). O jovem utilizava as redes sociais para divulgar sua falsa identidade e até mesmo ministrava palestras sobre pilotagem, enganando diversas pessoas.
Com uma desenvoltura impressionante, Chiquinho, como era conhecido, construiu uma persona de militar experiente, ostentando fardas e distintivos falsos. Ele se aproveitava da confiança das pessoas para obter vantagens, ainda que as investigações ainda estejam em curso para determinar o alcance de suas ações.
A polícia militar, ao ser alertada sobre o caso, iniciou uma investigação e conseguiu prender o falso coronel. Durante a prisão, Chiquinho tentou justificar sua atitude, alegando estar ajudando um familiar em uma obra. No entanto, as evidências contra ele eram irrefutáveis.
A Força Aérea Nacional manifestou sua indignação com o caso e reforçou que o indivíduo nunca fez parte da instituição. “O comando da Força Aérea vem por este meio mostrar a sua indignação diante desses fatos”, afirmou um porta-voz da instituição, o brigadeiro Morais Kanaua, em entrevista à TPA.
As autoridades estão a investigar como o jovem conseguiu adquirir as fardas, os distintivos e outras parafernálias militares. A polícia também busca identificar outras possíveis vítimas do golpe.
O caso serve como um alerta para a população sobre a importância de verificar a identidade de pessoas que se apresentam como autoridades e de não confiar em informações que não sejam provenientes de fontes confiáveis.