As seis datas para a inauguração da refinaria foram final de 2021, depois I trimestre de 2022, seguindo-se Junho de 2022, Dezembro de 2022, Dezembro de 2023 e agora a data apontada é final de 2024.
A entrada em funcionamento da Refinaria de Cabinda acumula seis previsões diferentes para o início das operações, depois de a Gemcorp ter garantido durante a semana, mais uma vez, que a produção de derivados de petróleo vai mesmo arrancar até ao final de 2024. No entanto, segundo o CEO da refinaria detida pela Gemcorp (90%) e pela Sonangol (10%), destaca o Expansão, a capacidade prevista na primeira fase do projecto (30.000 barris/dia) apenas vai ser atingida no mês de Julho de 2025.
As seis datas para a inauguração da refinaria foram final de 2021, depois I trimestre de 2022, seguindo-se Junho de 2022, Dezembro de 2022, Dezembro de 2023 e agora a data apontada é final de 2024. O processo de construção da refinaria teve início em 2017, quando o concurso internacional realizado para o efeito definiu a empresa United Shine (do empresário russo-israelita Arcadi Gaydamak) como vencedora.
Cerca de dois anos depois, em Dezembro de 2019, o concurso foi cancelado e o projecto foi entregue, por ajuste directo e sem grandes justificações, à Gemcorp. “A ideia é começar a funcionar até ao final deste ano e queremos atingir a produção total, prevista na primeira fase, até ao final de Julho de 2025”, disse Marcelo Hofke à agência Reuters.
A primeira fase da refinaria modular, orçada em 473 milhões USD – o triplo da estimativa inicial – vai produzir nafta, Jet A1 (aviões), gasóleo e fuelóleo pesado (HFO), sendo a nafta e o HFO destinados aos mercados de exportação “uma vez que Angola não os utiliza muito”, disse Marcelo Hofke na mesma ocasião. Espera-se que abasteça 10% do mercado interno, antes de duplicar a sua capacidade para 60.000 barris/dia na segunda fase. “E acreditamos que pode chegar a 90 ou 120.000 barris”, disse Felipe Berliner, gestor da Gemcorp Holdings. Apesar de ser apresentada como iniciativa privada, na realidade foi a Sonangol, o investidor minoritário, que avançou com o valor inicial, como foi reconhecido pela petrolífera.