Membros das Forças Especiais dos EUA realizaram o terceiro Treinamento Conjunto de Intercâmbio Combinado (JCET), com a Brigada de Forças Especiais das Forças Armadas Angolanas, de 3 de Junho a 12 de Julho, em Cabo Ledo, Angola.
Forças Especiais dos EUA e de Angola Aprimoram Habilidades
Segundo avançou a Embaixada dos Estados Unidos da América, nesta manhã de quarta-feira, 17, durante este exercício, as Forças Especiais dos EUA e de Angola treinaram lado a lado para desenvolver habilidades importantes, melhorar a interoperabilidade e aumentar a prontidão.
Após a divulgação dos actos, esta quarta-feira, 17 de julho, várias vozes da sociedade e não só, se juntaram a uma publicação nas redes sociais, feita pelo analista político e jornalista angolano, Ilídio Manuel, com realce para o deputado à Assembleia Nacional, pela UNITA, Nuno Álvaro Dala.
De acordo o analista político, Ilídio Manuel, agora é que o puro imperialismo norte-americano “nos entrou” porta adentro, por via dos Yankees, os eternos inimigos dos povos oprimidos do mundo.
“Deixamos de ser as auto-proclamadas forças amantes da paz e do progresso que faziam a guerra para acabar com a guerra?
A principal potência imperialista à face da terra está a criar as condições para uma futura base militar em Angola ou são meros exercícios de prontidão combativa e desdobramento de forças num imaginário teatro da guerra? Os nossos “aliados naturais e tradicionais” , os russos, viram como a investida dos “camericas”?, questionou.
Na ocasião, o Deputado do principal partido na oposição angolana, esclareceu que a fotografia ilustrava exercícios conjuntos entre forças especiais de Angola e dos Estados Unidos, que já vão na sua terceira edição, evidentemente.
Quanto à questão da base, Nuno disse que “o Estado angolano não permite a instalação de bases militares estrangeiras no seu território, sem prejuízo da participação, no quadro das organizações regionais ou internacionais, em forças de manutenção da paz e em sistemas de cooperação militar e de segurança colectiva” (artigo 12º, número 4, da Constituição da República).
Portanto, salientou, para a instalação de uma base estrangeira em Angola, a Constituição teria de ser revista. Do contrário, não é constitucionalmente possível a instalação de bases estrangeiras.