Rota Logística liga África à América Latina a partir de Angola

A multinacional especializada na exportação de matéria-prima, PLASFER, está empenhada no cumprimentos dos trâmites administrativos e técnicos com vista ao aproveitamento do Corredor do Lobito como “Nova Rota de Exploração da Indústria de Cobre” de ligação entre a República Democrática do Congo (RDC), Angola, América Latina e Europa.

Há mais de três anos a desenvolver um projecto inovador na RDC, com parcerias na Europa e nas Américas, a PLASFER considera esse novo passo como um dos avanços mais relevantes dos últimos 50 anos, ao viabilizar um fluxo comercial até então inexistente no continente africano.
A escolha de Angola como base logística deve-se à sua infra-estrutura portuária consolidada e à posição geográfica privilegiada, que facilita a conexão entre a África Central e os mercados latino-americanos. Esse corredor de exportação inovador fortalece as relações comerciais entre os continentes e cria oportunidades para da empresas angolanas que desejam expandir a sua actuação internacional.
A meta da empresa, de acordo com o programa, passa por encurtar o tempo e reduzir os custos financeiros associados às rotas tradicionais, que partem do Oceano Índico, numa altura em que Angola deu um salto de grande envergadura no domínio dos transportes na região Austral do continente com a operacionalização de uma das maiores infra-estruturas.
A multinacional, sediada na cidade do Porto, em Portugal, está comprometida em oferecer soluções personalizadas e de alta qualidade nos sectores dos plásticos, saúde, alimentação e biocombustíveis, sendo que a empresa defende que “a iniciativa também visa fortalecer parcerias estratégicas” com empresas angolanas, congolesas e brasileiras.
“A nossa empresa multinacional tem a sua metodologia de trabalho assente em relações sólidas e uma visão clara de futuro sustentável, pelo que a PLASFER está a implementar uma nova rota logística entre o continente africano e a América Latina, utilizando a infra-estrutura de Angola como hub estratégico”, lê-se no relatório citado pelo JA.
O documento assinala ainda que nesse novo desafio a empresa apresenta a Angola e ao mundo a “Nova Rota de Exploração da Indústria de Cobre”, que conecta a República Democrática do Congo (RDC), Angola, América Latina e Europa, oferecendo aos consumidores uma alternativa de fornecimento mais eficiente e competitiva.
“O principal foco do projecto é a exportação de cátodos de cobre para abastecer indústrias na América Latina, especialmente no Brasil. Contudo, a PLASFER vai além da simples exportação de matéria-prima: o projecto já prevê uma segunda fase, voltada para a industrialização em Angola, agregando valor ao minério antes da sua exportação”, informa o relatório.
Estudo de viabilidade 
A operacionalização do Corredor do Lobito diante da crescente procura global das matérias configura um indicador plausível das potencialidades para transformar Angola num centro de referência para a produção de Vergalhão de cobre (Copper Rod) destinado ao mercado europeu.
A direcção da PLASFER pretende que o cátodo extraído na RDC passe por um processo de transformação no mercado angolano para agregação de valor ao produto e impulsionar o desenvolvimento industrial local.
A empresa, de acordo com o documento em posse do Jornal de Angola, já identificou mais de 40 fábricas de cabos eléctricos na Europa que demonstraram interesse em consumir o cobre processado em Angola.
A produção incluirá: Vergalhão de 8mm, Trefilados (fios mais finos usados nas indústrias eléctrica e electrónica),além de beneficiar a indústria nacional angolana, este modelo criará empregos, desenvolverá a mão-de-obra local e estimulará o crescimento económico do país. A expectativa é que Angola se torne um fornecedor importante de cobre refinado para a Europa e América Latina, consolidando a sua posição no mercado global.
                                                        
“Este projecto representa um compromisso de longo prazo com o desenvolvimento sustentável e a industrialização de Angola, na medida em que ao transformar o país num pólo de produção e exportação de cobre processado, a empresa contribui para a geração de riqueza local, redução da dependência das exportações de matéria-prima bruta e fortalece a economia nacional”, conclui o relatório.
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