Jurista José Rodrigues impedido de participar do Debate da TV Zimbo por alegadas ordens superiores

O conceituado jurista José Carlos Rodrigues (JCR) foi impedido, nesta terça-feira, 27 de agosto, por alegadas “ordens superiores” de participar esta noite do debate da TVZ sobre os “Desafios do poder judicial para acompanhar os processos de abuso sexual contra menores”.

Especialista em Crimes Sexuais, José Rodrigues, segundo uma denúncia do jornalista Ilídio Manuel, diz ter sido convidado na véspera pelo jornalista Amílcar Xavier, a quem terá fornecido inclusive subsídios de como articular o debate sobre esta temática, no qual deveriam participar outros intervenientes.

Depois de ter confirmado a sua presença, o jurista, que integra o escritório do conhecido advogado Sérgio Raimundo, foi travado à porta da também conhecida TPA-3, pelos seguranças que lhe disseram que o seu nome não figurava na lista dos convidados para o referido painel.

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Para aceder às instalações da estação televisiva, diz o causídico, em conversa com o autor deste texto, que teve de fazer prova do convite digital que havia sido enviado para o seu telemóvel.

Vencida a barreira, já no interior das instalações da TVZ, JCC foi informado de que não podia participar do debate por “ordens superiores”.

Antes de bater em retirada, diz que tentou em contactar Amílcar Xavier, a segunda figura da estação de Talatona, mas sem sucesso, já que este não respondia às chamadas feitas para o seu telemóvel.

O jurista considera que o gesto da TVZ, não só constitui um desrespeito e desconsideração à sua pessoa, como também um acto de “pura censura” e violação dos seus direitos de cidadania.

Presume que a atitude da ZIMBO não estará alheia ao facto de ter sido censurado pela RNA, na semana passada, quando participava de um debate sobre a Divisão Política Admnistrativa (DPA), durante o qual lhe foi desligado o microfone por emitir uma opinião que não terá agradado a direcção desse órgão de informação público.

Inconformado, o jurista revelou que vai dar conta do sucedido ao Ministério da Comunicação Social, à Presidência da República e demais órgãos de soberania, a quem fará chegar uma carta de protesto.

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