Milhares de pessoas, marcharam esta em Luanda contra a fome, num protesto convocado pelos partidos da oposição que integram a Frente Patriótica Unida (FPU) em que participaram outras forças políticas, ativistas e a sociedade civil.
Pelas 11:30, centenas de pessoas convergiam já para o local de concentração, cemitério de Santa Ana, de onde a marcha sairia pelas 13 horas em direção ao Largo das Escolas para protestar contra a fome e a pobreza e em prol da democracia.
Apesar do calor intenso que se fazia sentir, o ritmo do kuduro ia animando os manifestantes que expressavam as suas preocupação através de dizeres em tshirts e cartazes caseiros onde se lia “A fome em Angola é real” e se apelava à mobilização das autarcas.
Alguns faziam alusão à situação pós-eleitoral que se vive em Moçambique, avisando “Hoje é Frelimo, amanhã é o MPLA” (os dois partidos estão no poder desde a independência dos respetivos países), entre bandeiras de várias formações políticas, onde se destacou o vermelho e verde da UNITA, liderada por Adalberto Costa Júnior, também coordenador da FPU.
Elda Eduardo dos Santos, dirigente da UNITA, mostrou-se preocupada com a fome e extrema miséria do povo, lamentando que num país tão rico “o governo continue a fazer sofrer o povo, a não dar qualidade de vida e condições básicas que são direitos inalienáveis da pessoa humana”.
“Hoje estamos aqui para dizer ‘Basta!’. Quando o povo se levanta significa que temos de mudar e temos vários exemplos por aí, como Moçambique em que o povo tomou a decisão para a mudança e é essa mudança que precisamos”, destacou.
O desfile decorreu sem incidentes até ao Largo das Escolas, ponto final do trajecto. Lusa