Mulher detida no Aeroporto de Luanda com quase três quilos de cocaína proveniente do Brasil

Uma mulher foi detida no aeroporto internacional de Luanda, proveniente do Brasil, em posse de 2,8 quilogramas de cocaína, anunciou, esta segunda-feira, o porta-voz do Serviço de Investigação Nacional (SIC).

Segundo Manuel Halaiwa, a mulher, de 39 anos, de nacionalidade namibiana, foi detida ao desembarcar, no sábado, na capital angolana, proveniente da cidade brasileira de São Paulo.

Manuel Halaiwa referiu que a acusada pertence a um grupo que “projectou todo este esquema de fazê-la embarcar para o Brasil e regressar para Angola”.

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O porta-voz do SIC avançou que a mulher chamou a atenção das autoridades por apresentar “sinais característicos de uma ‘mula'” [pessoa que transporta droga no corpo], tendo sido submetida a um scanner corporal, que detetou “corpos estranhos no abdómen”.

Feita a verificação, disse ainda Manuel Halaiwa, foi detetada a droga, escondida numa cinta em volta do abdómen, contendo três pacotes em formato retangular, com fita adesiva, num total de 2,898 quilogramas.

A acusada revelou que no exterior do aeroporto se encontravam três cidadãos que seriam os pontos de contacto para a entrega da droga.

“O SIC fez a sequência, criou condições para que se projetasse a entrega e ali mesmo, numa ação operativa, foram os indivíduos detidos a bordo de uma viatura”, explicou.

De acordo com Manuel Halaiwa, foram detidos três cidadãos, um nigeriano, 56 anos, comerciante de viaturas, e dois angolanos, de 36 e 39 anos, igualmente comerciantes, frisando que a mulher foi recrutada a partir da Namíbia, com a garantia de uma recompensa de 3.500 dólares (3.134 euros).

A acusada permaneceu três semanas no Brasil, onde foi recebida por um cidadão nigeriano, que lhe entregou a droga que tinha como destino final a Namíbia, passando via terrestre pelo território angolano, até ao país vizinho.

“Não é a primeira vez que esta cidadã viajou para o território nacional, já teve duas viagens em março e abril, nos mesmos termos, significa que já fez este trajeto outras vezes e a droga apreendida não se destinava ao território nacional, mas para o namibiano. É um esquema já antigo e os três cidadãos também são useiros e vezeiros nestas práticas”, disse.

O SIC deteve também quatro cidadãos nacionais, por consumo, posse e venda de cocaína.

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