Refinaria de Cabinda Pronta Para Arrancar no Final do Ano

A nova refinaria de petróleo bruto de Cabinda, em Angola, deverá entrar em funcionamento ainda este ano, com o objectivo de atingir a produção total de 30 mil barris por dia até Julho do próximo ano, de acordo com o director-executivo, Marcelo Hofke.

Quase dois terços da construção estão concluídos, tornando Cabinda a mais avançada das três refinarias planeadas, informou a agência de informação Reuters.

Estas novas instalações, incluindo uma fábrica melhorada apoiada pela Eni em Luanda, são cruciais para que o segundo maior produtor de petróleo da África Subsaariana reduza a sua dependência de produtos refinados importados para consumo interno.

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“A ideia é começar a funcionar até ao final deste ano… e queremos atingir a produção total até ao final de Julho”, disse Hofke.

A primeira fase da refinaria de Cabinda incluirá uma unidade de destilação de crude (CDU), um dessalinizador, uma unidade de tratamento de querosene (produto de petróleo) e infra-estruturas auxiliares, bem como um sistema convencional de ancoragem flutuante, oleodutos e um terminal de armazenamento de mais de 1,2 milhões de barris.

A primeira fase da refinaria modular, no valor de 473 milhões de dólares, produzirá nafta, combustível para aviões a jacto, gasóleo e fuelóleo pesado (HFO). A nafta e o HFO serão exportados, uma vez que Angola tem uma procura interna limitada destes produtos.

A nova instalação incluirá, na primeira fase, uma unidade de destilação de crude (CDU), um dessalinizador, uma unidade de tratamento de querosene e infra-estruturas auxiliares, bem como um sistema convencional de ancoragem flutuante, condutas e um terminal de armazenamento de mais de 1,2 milhões de barris.

Prevê-se também que satisfaça cerca de 10% da procura total de produtos petrolíferos refinados em Angola, aumentando para 20% com a fase 2. Após a conclusão da segunda fase, que aumentará a produção para 60 mil barris por dia, a quota de mercado da refinaria deverá duplicar.

De acordo com Felipe Berliner, director de Investimentos do Grupo Gemcorp Holdings, a engenharia da segunda fase deverá começar assim que o comissionamento estiver concluído, no final deste ano.

Juntamente com outra CDU, a segunda fase do projecto acrescentará unidades de reforma catalítica, hidrotratamento e craqueamento catalítico que transformarão o local numa refinaria de conversão total.

A Gemcorp detém uma participação de 90% na refinaria de Cabinda, enquanto as restantes acções são propriedade da empresa estatal Sonangol.

Entretanto, Berliner observou que os bancos envolvidos no financiamento da primeira fase estão ansiosos por apoiar a segunda fase, que deverá elevar o investimento total para mil milhões de dólares. Os principais financiadores iniciais incluem a Africa Finance Corporation e o Banco Africano de Exportação-Importação.

O director de investimentos do Grupo Gemcorp Holdings mostrou-se confiante de que a refinaria de Cabinda poderá exceder a sua capacidade planeada de 60 mil barris por dia, atingindo potencialmente 90 mil a 120 mil barris por dia no mesmo local.

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